Pretende-se, com a criação desta página, divulgar a intervenção psicológica ao nível da Prevenção, da Terapêutica e da Comunidade, junto de crianças e adolescentes, adultos e seniores, nos contextos clínico, educacional, forense, organizacional e formativo.
Este vídeo é uma campanha de prevenção realizada pela Redcastle Productions, que mostra o que pode acontecer a uma criança que fique fechada num carro, nem que seja por 30 minutos.
Praticamente todos os dias ouvimos falar de Stress e dos seus efeitos
negativos na nossa saúde e bem estar. Todos os anos, os médicos prescrevem
milhões de antidepressivos, tranquilizantes e hipnóticos que resolvem apenas
parte do problema.
Mas ao contrário do que se pensa, o stress não merece uma visão tão
negativa, já que sem ele, provavelmente nem nos conseguiríamos levantar ou
realizar as tarefas do nosso dia-a-dia. Todo o bom desportista sabe que na
realidade o stress até pode constituir uma fonte de prazer.
O efeito real e imediato daquilo a que chamamos stress é a activação
de todos os recursos disponíveis, o que se revela indispensável em toda uma
variedade de circunstâncias desde situações de emergência, de avaliação ou
competição. O aumento da ansiedade melhora o desempenho, mas apenas até certo
ponto a partir da qual a relação inicialmente positiva passa a negativa,
decrescendo o desempenho à medida que a ansiedade aumenta.
Assim, é perfeitamente normal (e até importante) algum nível de ansiedade
durante as provas desportivas, a fim de maximizar o desempenho. O problema surge
quando o nível de ansiedade se revela excessivo e logo desadaptativo,
prejudicando os resultados.
Quase todos os acontecimentos são passíveis de provocar stress. Alguns
são perfeitamente óbvios – como o desemprego, divórcio, doenças graves... –
outros, nem por isso – actividades difíceis de conciliar, imprevistos,
frustrações, etc.
Todos sabemos que o exercício físico melhora a saúde: As estimativas indicam
que a boa forma física reduz o risco de morte em 40%. O Exercício físico
proporciona sensações de prazer, autocontrole e, quando praticado regularmente
pode mesmo ajudar a controlar as dependências. Desta forma praticando exercício
físico estamos a apostar na nossa saúde e a contribuir para a prevenção e
redução dos níveis do stress.
A tensão muscular é um dos sintomas mais frequentes do stress. As
postura incorrectas e o estilo de vida geralmente adoptado no dia-a-dia – em que
geralmente a única parte do corpo que exercitamos são os dedos, para escrever ao
computador – em nada colaboram para melhorar esta situação.
Contrariamente ao que a maioria das pessoas considera, a relaxação é muito
mais do que estar deitado num bom sofá a ouvir música clássica, já que o
conceito de relaxamento envolve o afrouxamento da regulação do sistema nervoso.
Devido à íntima relação entre o corpo e a mente, tensão mental implica tensão
muscular e vice-versa, pelo que a relaxação se revela particularmente importante
no combate ao stress.
Infelizmente, e apesar destas inúmeras vantagens a prática de exercício
físico continua a apresentar uma taxa relativamente baixa na nossa sociedade.
Entre as razões para este facto, vamos encontrar a alegada falta de tempo e a
falta de motivação.
Tente encontrar uma actividade desportiva que se revele particularmente
atraente para si – o local de prática e o apoio dos instrutores revela-se aqui
especialmente importante. Se encontrar um local aprazível e puder contar com a
companhia de um amigo vai certamente descobrir algum tempo que na realidade
ainda lhe restava para a prática de desporto e, é sempre bom lembrar, tempo é
dinheiro, mas com a aplicação do seu tempo no desporto está a fazer um
investimento altamente rentável na sua saúde.
Procure a velha máxima da mente sã em corpo são – mens sana in corpore
sano – e verá como conseguirá ter uma vida muito mais saudável e harmoniosa.
«A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) foi admitida no passado sábado na European Federation of Psychologits Association (EFPA), integrando um "network" com o SNP.
Esta admissão é o culminar de um longo processo que permite que
Portugal tenha uma representação plena na EFPA, contando com o número
máximo de votos por país, e se torne na quarta nação com maior número de
psicólogos inscritos. Esta representação possibilita ainda que, a
partir do presente momento, os psicólogos portugueses sejam consultados e
recebam informações sobre os desenvolvimentos das actividades da EFPA e
tenham uma maior participação nas actividades desta prestigiada
associação, que tem um papel de enorme relevo na psicologia europeia.
Por último, refira-se que quatro delegados da OPP estiveram presentes
na Assembleia Geral da EFPA, que se realizou durante o passado
fim-de-semana em Estocolmo e imediatamente a seguir ao Congresso Europeu
de Psicologia.»
Neste artigo foca-se, sobretudo, a Psicologia Educacional por ser essa a temática da 35.ª edição da conferência da International School Psychology Association (ISPA). Qualquer área da Psicologia (seja Educacional, Clínica, Comunitária ou Organizacional) tem particular importância nesta altura, em que, devido à confluência político-económica, o equilíbrio da sociedade e das empresas, assim como o bem-estar das famílias Portuguesas estão a ser tão afectados.
É com a preocupação de chegar ao maior número de famílias que a Bússola D'Ideias, através do Núcleo de Bem-Estar, criou pacotes de serviços mais económicos.
«O presidente da Associação Internacional de
Psicologia Escolar, Jurg Forster, defendeu hoje a importância do papel
dos psicólogos escolares e lembrou que "não há recuperação económica sem
uma boa saúde mental".
"Em tempos de crise económica e de cortes orçamentais, a necessidade dos
serviços de psicologia escolar é questionada por muitos políticos que
ainda não perceberam que não há recuperação económica sem uma boa saúde
mental", frisou o presidente da International School Psychology
Association (ISPA).
Jurg Forster falava no Porto, na cerimónia de abertura da 35.ª edição da
conferência da International School Psychology Association (ISPA),
dedicada ao tema da psicologia escolar e da associação entre a
criatividade e as necessidades das crianças.
O presidente da ISPA salientou como "as crianças são o futuro das nossas
sociedades", pelo que desenvolver a sua criatividade é um fator chave
para a educação". E aí os "psicólogos escolares podem aí ter um papel
importante".
Também o bastonário da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) defendeu
hoje, na conferência, que a psicologia escolar é importante para o
desenvolvimento da criatividade nas crianças que assim se tornarão
adultos com melhores competências.
"Está claro na nossa sociedade que muitas das velhas soluções já não
funcionam. É crucial desenvolver formas criativas de resolver problemas,
permitindo uma maior flexibilidade, recusando modelos únicos, adaptando
a realidades diferentes, encontrando soluções locais e promovendo uma
maior participação dos cidadãos", afirmou Telmo Marinho Batista.
Segundo o bastonário, a estimulação da criatividade em crianças pelos
psicólogos torna-se relevante por permitir uma maior "diversidade na
busca de soluções".
"As competências sociais são da maior importância durante o crescimento e
definição das crianças. As competências comunicacionais, trabalho em
grupo, são algumas das áreas em que a psicologia pode contribuir e são
decisivas na sua participação enquanto cidadão adulto", explicou.
O responsável defendeu que "num mundo de recursos limitados" é preciso
"demonstrar que a intervenção psicológica faz sentido e é a melhor
escolha".»
Uma medida
óptima, no seguimento da medida introduzida pelo Ministro da Educação do
XI Governo Constitucional de Portugal, o Professor Roberto Carneiro (a
distribuição de pacotinhos de leite nas escolas). Porque, afinal, devido
à crise económico-financeira, muitas famílias perderam poder de compra e
viram-se atiradas para a pobreza e para a fome. E, com fome, ninguém
rendimento, muito menos uma criança.
«Programa
Escolar de Reforço Alimentar resulta de várias parcerias com entidades
públicas e empresas. E chegou a mais de dez mil alunos. Já foram
assinados mais protocolos.
Reforço alimentar permitiu melhorar comportamento e resultados dos alunos (fotografia por João Henrique)
Muitas das crianças sinalizadas como precisando que a
escola lhes garantisse o pequeno-almoço melhoraram o seu desempenho a
partir do momento em que a primeira refeição do dia passou a estar
assegurada. De acordo com os dados apresentados nesta quinta-feira, 50%
dos 10.186 alunos abrangidos pelo Programa Escolar de Reforço Alimentar
(PERA) viram o seu aproveitamento melhorar.
Em
37% dos casos não houve alteração em termos de aproveitamento escolar.
Em 13% das situações o desempenho não melhorou, ainda segundo o balanço
feito no Ministério da Educação e Ciência, em Lisboa.
O
impacto no comportamento dos alunos abrangidos pelo reforço alimentar
também foi medido: 42% revelaram melhorias; em 49% dos casos não houve
alteração.
Ainda assim, as taxas de aproveitamento escolar entre
os alunos abrangidos pelo PERA são mais baixas do que a média — 21%
chumbaram. O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, diz que isto
mostra como as "dificuldades sociais" têm impacto no aproveitamento.
"Mas temos que lutar contra isso", disse, e o PERA ajuda a "trabalhar
nesse sentido". Os últimos dados disponíveis no site do
ministério mostram que em 2009/2010 a média nacional de retenção e
desistência variou entre 7,6%, no ensino básico, e 18,9%, no secundário.
O
projecto PERA foi criado em Setembro, na dependência directa do
secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova
de Almeida, para responder à "excepcionalidade do momento" que, nas
suas palavras, o país atravessava. Havia mais crianças que estavam a ir
para as aulas sem tomar o pequeno-almoço, relatavam as escolas.
Com
uma duração prevista de dois anos lectivos, o objectivo essencial do
PERA é "conciliar a educação alimentar com a necessidade de suprir
carências alimentares detectadas em alunos" de escolas públicas.
Quase 400 escolas abrangidas Neste
que foi o primeiro ano de aplicação, o PERA chegou a 387 agrupamentos e
escolas não agrupadas de todo o país. E abrange actualmente mais de 10
mil crianças e jovens de diferentes níveis de ensino não superior. Mas
"muitos outros já passaram pelo PERA, tendo entretanto as suas famílias
sido sinalizadas para o Instituto da Segurança Social, que as
referenciaram para que pudessem receber apoio de instituições de
solidariedade social e/ou os apoios sociais aos quais têm direito e para
que o pequeno-almoço passasse a ser tomado em casa", segundo o
comunicado do ministério.
"O Ministério da Solidariedade e
Segurança Social apoiou o programa também através da utilização das
cantinas sociais pelos alunos durante os períodos de interrupção da
actividade lectiva."
Na base do PERA estão parcerias várias entre o
Ministério da Educação e empresas de comercialização e produção de
géneros alimentares, bancos alimentares contra a fome e instituições
particulares de solidariedade social. O PERA não tem custos para o
ministério.
Um outro protocolo assinado com a Associação Nacional
de Municípios Portugueses permitiu garantir o transporte dos produtos
para as escolas. E estas últimas, por sua vez, fizeram parcerias com as
redes locais de acção social.
No final da apresentação do balanço,
foram assinados protocolos com dez empresas do ramo alimentar (Jumbo,
Sumol+Compal, Danone, Jerónimo Martins, Lactogal, Nestlé, Sonae, Dia,
Lidl e E.Leclerc), uma empresa de transportes (Luis Simões, SA),
empresas de outros ramos que quiseram apoiar o projecto através do
pagamento de pequenos-almoços servidos nas escolas (Grupo Portucel
Soporcel, Colomer Portugal e BP) e o Lions Club.
Nuno Crato
agradeceu a colaboração dos que têm apoiado com alimentos e vão
continuar, sobretudo numa altura "em que muitas empresas portuguesas não
estão a viver os seus dias mais felizes".»
«A instabilidade
vivida nas escolas, o elevado número de alunos por turma e os próprios
critérios de correção dos exames nacionais são as razões apontadas por
especialistas para o descalabro das notas.
Ou são negativas
ou são positivas baixinhas. As notas dos exames nacionais, seja qual for
o ano ou a disciplina, dão o que pensar (ver a tabela ao lado). As
causas - apontam aqueles que estão no terreno com os alunos - são
pontuais e estruturais.
Jorge Ascenção, da Confederação Nacional
das Associações de Pais (Confap), diz que, para começar, "os critérios
de correção das provas são apertados e que muitas vezes se invalidam
respostas que estão certas por causa de pormenores".
Concretamente,
"houve um exame em que se perguntava o modo e o tempo de um determinado
verbo. Todos os alunos que responderam que estava no presente do
indicativo estavam certos mas viram as suas respostas serem cortadas,
porque deveriam ter escrito que o verbo estava no indicativo e no
presente, ou seja, ao contrário", exemplificou. Para o presidente da
Confap, "isto é ridículo e não serve para avaliar conhecimentos. Não
serve, aliás, para nada".
Adalmiro Fonseca, presidente da
Associação Nacional de Diretores dos Agrupamentos das Escolas Públicas
(ANDAEP), corrobora esta versão e conta que "os professores estão
devastados, porque são obrigados a invalidar respostas certas". Aquele
responsável avisa que "é preciso bom senso".
Falta de estabilidade As
associações avançam ainda com outras razões, como, por exemplo, a falta
de estabilidade vivida nas escolas. Jaime Carvalho e Silva, da
Associação de Professores de Matemática (APM), afirma que, "neste
momento, os professores ainda não têm os manuais de acordo com os novos
programas (para o básico), sendo que não podem preparar as suas aulas".
"Isto
para não falar do facto de haver muitos docentes que a esta altura nem
sequer sabem para onde vão lecionar e que anos vão lecionar". Para Jaime
Carvalho e Silva, "é preciso investir-se na medida do que se exige".
Já
Edviges Antunes, presidente dos Professores de Português (APP),
aproveita a oportunidade para alertar para "o elevado número de alunos
por turma" e esclarecer que "é incomportável para um professor ter 30
alunos numa sala, porque não vai dar a atenção que deveria a cada um". A
líder da APP refere ainda o dilema em que vivem os professores que "ora
cumprem o programa, ora cumprem as metas".
Paulo Guinote, autor
do blogue "A Educação do meu umbigo", recorda também que "todos os anos
há alterações, seja de programas, de metas, ou de aspetos da elaboração
dos exames". Defende o docente que "tudo isto gera instabilidade para os
docentes e para os alunos".»
Livro a não perder!!! Título: E Tudo começa no Berço! Um guia para a educação e respeito social Autor: Luís Maia Editora: Pactor ISBN: 978-989-693-011-0
«A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), representada
pelo Bastonário Telmo Mourinho Baptista, e a American Psychological
Association (APA), representada pelo seu presidente Donald N. Bersoff,
assinaram durante esta semana um memorando de acordo.
A cerimónia de assinatura decorreu na Embaixada de Portugal em
Estocolmo, Suécia, uma vez que ambas as entidades se encontram
representadas no 13º Congresso da European Federation of Psychologists'
Associations (EFPA).
Refira-se que esta iniciativa de cooperação entre a OPP e APA, que
conta com mais de 134 mil membros, tem como objectivo, não apenas
melhorar a integração, cooperação e intercâmbio entre as organizações de
psicologia dos EUA e de Portugal, mas também procurar identificar
projectos e actividades em que ambos os países possam trabalhar em
conjunto, dar assistência ou apoio um ao outro, ou de outro modo,
cooperar para a melhoria da psicologia e do interesse público.
35ª Conferência da International School Psychology Association (ISPA)
Datas: de 17 a 20 de Julho de 2013 Local: Porto (Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto) Inscrição: Abertas desde o dia 5 de Novembro de 2012. Early bird registration: inscrição e respectivo pagamento até ao dia 15 de Abril de 2013.
Nesta Conferência, serão abordadas temáticas como Problemas Éticos e Profissionais, Diversidade e Inclusão, Avaliação Psicológica, Criatividade, Aprendizagem Social e Emocional, Promoção da Saúde e da Motivação, e Orientação Vocacional.
I Encontro Luso-Espanhol: Soluções da Psicologia em Tempo de Crise
Datas: 20 e 21 de Setembro de 2013 Local: Coimbra (Auditório da Reitoria da universidade de Coimbra) Inscrição: Gratuita. Limitada aos lugares disponíveis. A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) e Conselho Geral de
Colégios Oficiais de Psicólogos de Espanha (COP) promovem I Encontro
Luso-Espanhol de Psicologia, que irá
«(...) ter a contribuição de profissionais da psicologia
que, sob o formato de mesas-redondas e conferências, irão abordar
diversos temas actuais, tais como a influência da crise nas crianças e
famílias, a competência dos psicólogos nas organizações, qual o papel e
contributos dos psicólogos em tempos de instabilidade, a psicologia em
contexto escolar, entre outros.
Em relação aos oradores, destaque para a presença do Bastonário da
OPP, Telmo Mourinho Baptista, e do Presidente do COP, Francisco
Santolaya, assim como de outros conceituados psicólogos portugueses e
espanhóis, como Eduardo Sá, Fernando Chacón, José Pais Ribeiro, Isabel
Leal, José Maria Peiró, Francisco Sánchez, Samuel Antunes, Ricardo
Vargas, Luísa Mota, Maria Paula Paixão e Josep Vilajoana i Celaya.» (OPP)
Façam já o planeamento do apoio escolar (Estudo Acompanhado, Explicações, Salas de Estudo) com a Bússola D'Ideias!!!
E venham também conhecer o NuBE - Núcleo de Bem-Estar, onde as nossas diversas valências (Psicologia, Nutrição, Terapia da Fala, Musicoterapia) permitirão optimizar os métodos de estudo dos vossos filhos! Estamos cá para ajudar!!! Contactem-nos para mais informações!!! Bússola D'Ideias Centro Pedagógico Rua da Nau Catrineta, Lote 3.06.01.F 1990-183 Lisboa (+351) 216 007 211 geral@bussoladideias.pt
A meu ver, é mais grave o facto de esta senhora agredir as crianças e não promover o seu bem-estar geral, do que o facto de ser uma creche ilegal.
A violência nunca é algo de positivo. Muito menos quando é contra crianças, pela sua particular vulnerabilidade. Que consequências poderão advir, para estas crianças, deste tipo de vivências?
«Caso tornado público há dois anos pela SIC segue agora para julgamento.
No apartamento eram acolhidas 17 crianças sem condições para tal (Enric Vives-Rubi) O Ministério Público acusou de maus tratos contra
crianças uma mulher que explorava uma creche ilegal na Av. Miguel
Bombarda, em Lisboa, um caso tornado público há dois anos e que ganhou
forte impacto mediático devido às imagens exibidas na altura numa
reportagem emitida pela SIC.
À arguida, em que cujo
apartamento era acolhidos 17 menores sem que fossem respeitadas as
regras de segurança e higiene próprias de uma creche, é imputada a
prática de dois crimes de maus tratos contra crianças. Logo que o caso
foi conhecido, o apartamento foi mandado encerrar pelos serviços da
Segurança Social.
O artigo 152.º do Código Penal estabelece que
quem infligir maus tratos físicos ou psíquicos contra menores pode ser
punido com pena de prisão entre dois e cinco anos. Este limite sobe até
aos oito anos de prisão nos casos de ofensa à integridade física grave.
Segundo
uma nota divulgada nesta sexta-feira na página de Internet da
Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, em duas situações distintas,
ocorridas em Maio e Junho de 2011, a arguida “agrediu uma das crianças
que acolhia, com dois anos de idade, com várias bofetadas no rosto e
puxou-lhe um braço”. Noutra ocasião, acrescenta a mesma nota, “desferiu
várias palmadas nas pernas e carolos na cabeça com o punho fechado numa
outra criança à sua guarda”, também com dois anos de idade.
“A
arguida aproveitou-se da ausência dos pais” e “agrediu as crianças com
indiferença pela sua especial vulnerabilidade, causando-lhes sofrimento
físico e psíquico”, concluiu o Ministério Público na investigação agora
finalizada.
Por provar ficaram as suspeitas de que a mulher
administrava aos menores “substâncias indutoras de apatia”, tendo o
Ministério Público arquivado esta parte dos autos.»
«A Psicoterapeuta infantil Asha Phillips diz que a incapacidade dos pais
modernos de contrariarem os filhos está a criar uma geração de tiranos.
No seu livro "Um Bom Pai Diz Não" explica como impor-lhes limites. Desde
o berço.
A Maria tem três anos e adora a palavra
"não". Gosta de dizê-la - com dedinho indicador a abanar e cabeça a
acompanhar o compasso - em relação à sesta da tarde, à arrumação dos
brinquedos, à hora de ir dormir, à escuridão do quarto, aos sapatos que
não são ténis, à roupa que não tem a "Hello Kitty", à comida que não é
massa, ao brinquedo que não seja plasticina, ao canal de televisão que
não seja o Panda, ao DVD que não tenha o Ruca, à rua onde não exista um
parque. A resposta pronta e negativa só muda para sim, se a mãe disser
não. Porque na boca da mamã a palavra perde a graça, limita-lhe as
vontades ilimitadas, traça fronteiras entre o possível que ela não quer e
o impossível que deseja, gere-lhe o comportamento infantil. "Impor
barreiras dói, negar algo custa, mas é uma forma de amar. É uma prenda
que se dá aos filhos e que lhes assegura uma entrada firme no mundo
real", explicou ao Expresso a psicoterapeuta infantil Asha Phillips,
autora de "Um Bom Pai Diz Não", um livro best-seller mundial lançado agora em Portugal.
Confessa a mãe da Maria que dizer não nem é uma tarefa
hercúlea, o pior mesmo é mantê-lo. Porque a seguir às três letrinhas vem
logo a tristeza chantageante da petiz, ou a insistência repetida à
exaustão que leva ao limite a paciência de qualquer adulto, ou a
vergonha que sobe vermelha ao rosto materno quando a birra se esparrama
no chão do supermercado. "Os pais modernos têm muita dificuldade em
dizer não aos filhos e essa permissividade tem consequências terríveis.
Estão a criar pequenos tiranos, que não sabem reagir a adversidades
porque nunca foram contrariados. Ou então criam crianças medricas,
absolutamente dependentes, que não sabem fazer nada sozinhas."
Já a imaginar a Maria no seu pedestal de ditadora, ou
com 40 anos e grudada que nem lapa à casa dos pais, a mãe vai procurar
socorro e soluções no livro de Asha. O título é duplamente apelativo
(ainda que faça torcer o nariz quanto à tirada lógica de que é mau pai
aquele que diz sim). Não há pai que não deseje ser perfeito e ponho as
duas mãozinhas no lume se algum tem certezas absolutas sobre os limites
que deve impor aos filhos para atingir essa plenitude parental. Pode
dormir de luz acesa? E na cama dos pais? Quantas horas de televisão?
Pode escolher o que vai comer? E o que vai vestir? O que fazer perante
uma birra? Quando se pode dizer sim? E quando se deve começar a dizer
não? E quando é tarde de mais para começar a traçar limites?
A psicoterapeuta britânica conhece cada uma das dúvidas
de cor, ri-se sempre quando se sente como o manual de instruções onde
os pais querem encontrar soluções concretas. "Não há uma resposta única
nem o meu livro é de receitas", diz com um sorriso aberto. Mas
reconhece-se nestas dúvidas. Ela também é mãe, de duas raparigas agora
já adultas, e foi a sua enorme dificuldade em contrariá-las que a levou a
procurar literatura de ajuda. Como não encontrou, escreveu ela o livro -
a primeira edição é de 1999 -, dividido por conselhos para bebés,
crianças dos dois aos cinco anos, os anos da escola primária e os
adolescentes.
"Os limites devem começar a ser colocados quando ainda
andam ao colo. É geralmente nessa altura que dizemos pela primeira vez
sim quando devíamos ter dito não". Para Asha, os erros cometidos pelos
pais nesta fase prendem-se com a ansiedade de tudo quererem fazer e
sempre bem. Ao mínimo ruído do bebé, a mãe entra no quarto. Mal abre os
olhos pega-lhe. Mal ouve um choro dá-lhe de comer. A chucha cai e a mãe
apanha. O bebé quer colo e a mãe dá. "Os pais querem o seu bebé sempre a
sorrir, fazem-lhe todas as vontades, dizem que sim a tudo e ele
consegue tudo sem esforço. Nem lhe dão a possibilidade de descobrir o
que consegue fazer sozinho".
O medo dos pais de errar é grande, mas em vez de
transmitirem segurança asfixiam o desenvolvimento da sua independência e
criam crianças infelizes e inadaptadas. "Às vezes acertamos, outra não.
É normal. Não existem pais ou mães perfeitos, não se espera que
acertemos sempre. Aliás, o encaixe perfeito - uma mãe que poupa o filho a
todo e qualquer tipo de irritação - não é benéfico. A recuperação de um
desencontro promove o desenvolvimento, e é certo que serão sempre mais
as vezes em que as necessidades do bebé são satisfeitas do que o
inverso."
Dizer não a um bebé é não ir a correr para o quarto
quando ele choraminga, é deixá-lo encontrar a chucha sozinho, é permitir
que ele descubra uma fonte de conforto alternativa à mãe ou ao pai (o
polegar, por exemplo). Dizer não é não deixar a luz do quarto acesa ou
não mergulhar a casa num silêncio sepulcral, para que o bebé cresça no
mundo real. "Nesta fase, o estabelecimento de limites surge não tanto
como uma restrição mas mais como uma porta aberta à criatividade".
No segundo capítulo do manual, Asha Phillips fala das
crianças dos dois aos cinco anos, que vivem tudo com paixão e emoções
extremadas. "É o período mais desafiante. Acham que podem fazer tudo.
Conseguem andar, falar e odeiam ser tratados como bebés", explica a
psicoterapeuta. A mãe de Maria parece que está a ler uma descrição da
filha "Eu já sou grande" (dita em bicos de pés). "Eu faço", "Eu consigo"
são as frases mais repetidas pela menina de três anos. "Por um lado
isso é maravilhoso e deve ser encorajado, mas os pais também têm de lhes
lembrar que não podem fazer tudo, de uma forma que não esmague o seu
empreendorismo, a sua paixão pela descoberta", explica Asha. Os
principais limites devem ser impostos por estes anos. Com firmeza e
consistência. De nada vale uma nega pouco convicta; a criança reverte-a
em três tempos. E um sim excepcional nunca mais voltará a ser aceite
como não.
Na vida normal de uma casa onde existe uma criança
pequena, impulsiva, activa, exigente, curiosa, o não pode muito bem
passar a ser a palavra mais usada - na casa da Maria é, garantidamente.
Mas o adulto que a diz tem de acreditar que está a fazer o que está
certo. "Se as respostas ao seu comportamento forem consistentes, a
criança adquire uma boa ideia do que é permitido e do que é proibido, do
que é seguro e perigoso."
Quando a criança rejeita relutantemente o não, Asha
Phillips recomenda o recurso ao castigo ou mesmo uma "leve palmada
ocasional" para deter uma escalada de conflito. "Não é o castigo em si
que importa, mas aquilo que o seu comportamento transmite. Não é preciso
uma marreta para partir uma noz". O excesso de autoridade tem, em
geral, o efeito oposto ao desejado. O mesmo é verdade em relação a
perder a calma, humilhar a criança e entrar numa batalha de vontades.
"Mas se alguma vez um pai perder a cabeça e disser ou fizer algo de que
se arrepende, não é o fim do mundo. Isso pode ajudar a criança a
perceber que o pai ou a mãe também são humanos." A mãe, humana, de Maria
suspira de alívio. Asha Phillips absolveu-a.
Mais importante do que dizer não, é mantê-lo
Asha Phillips explicou ao Expresso como a sociedade
actual, de mães trabalhadoras, sem nenhum tempo e com muito sentimento
de culpa, e o aumento das famílias monoparentais, estão a estimular a
permissividade parental.
Porque é tão difícil dizer não?
Ao negarmos algo, ao contrariarmos uma vontade, somos impopulares e
geramos conflitos. E fugimos disso. É uma herança do pós-guerra. As
pessoas passaram a achar que tudo o que era rígido era fascista. Nós, os
pais que viveram o flower power, tornámo-nos tão contra tudo
isso que começámos a fazer o oposto. O legado negativo dos anos 60 foi
deseducar. Essa geração educou outra que cresceu desamparada, com
demasiada liberdade.
A estrutura actual de família, com pai e mãe a trabalhar, ou mesmo monoparental, não facilita a tarefa. Há uma enorme culpa, por parte das mães que trabalham, e que sentem
que não se dedicam a tempo inteiro aos filhos. O facto de terem de os
deixar faz com que pensem não estar a cumprir bem o seu papel. E como a
maioria das mulheres ainda tem a exclusividade das tarefas domésticas
mal chega a casa...
E diz-se sim para compensar os filhos e para amainar a culpa...
Não queremos discussões porque tivemos saudades deles o dia todo,
queremos que nos achem amorosas. E por isso não dizemos "Chega de
televisão" ou "Está na hora de ir para a cama".
Quando é que é demasiado tarde para se começar a ditar limites?
Nunca. Só que quanto mais tarde mais difícil. O ideal é começar quando
os filhos são bebés. Chegar à idade escolar sem regras, por exemplo,
pode ser muito complicado. A forma como os miúdos reagem ao "não" tem um
enorme impacto na sua capacidade de se adaptarem, fazerem amigos e
aprenderem na escola. Tentar impor regras a um adolescente que nunca as
teve é quase uma impossibilidade.
Há erros práticos que se devem evitar? O maior é os pais quererem ser perfeitos. Por exemplo, com os bebés:
custa-lhes ouvi-los chorar e por isso correm até eles ao mínimo ruído.
Mas várias investigações recentes deixam-me descansada como mãe:
concluíram que é bom não acertar sempre, que o ajuste perfeito não é
benéfico. O que é bom para o desenvolvimento é existirem acertos, erros e
reparos. E isso é que é a vida real.
Todos os pais querem ser perfeitos.
Mas isso é o que interessa aos pais. Não o que interessa ao filho.
Os filhos podem tomar decisões?
Claro que deixá-los decidir, de vez em quando, dá-lhes independência,
iniciativa, criatividade. É maravilhoso ver o seu entusiasmo e energia.
Mas não é benéfico dar-lhes demasiada escolha, porque depois torna-se
uma responsabilidade deles e isso é de mais quando se é criança.
Podem, por exemplo, opinar sobre o que vão comer?
Ui. Não sei como é em Portugal, mas em Inglaterra a hora da refeição
tornou-se terrível. Imagine-se que se tem três crianças, e uma quer
comer massa, outra carne e a outra é vegetariana, e a mãe cozinha três
refeições diferentes. Isso é de loucos. Deve-se dizer: "Esta é a
refeição hoje, eu sou tua mãe e sei o que é bom para ti e por isso é
isto que vamos comer." Se não quer, paciência. Porque se a nossa criança
quer massa todos os dias e nós satisfazemos esse capricho, então quando
vamos comer a casa de amigos ou na escola eles não vão querer comer
porque não é massa. E aí a mãe tem um grande problema. É tudo uma
questão de flexibilidade e de os pais fazerem o seu filho sentir que ele
se consegue adaptar às coisas do mundo e que não é sempre o mundo que
se adapta a ele.
E dormir na cama dos pais, é proibido?
Não há um não ou um sim claro. Se a criança dorme bem, se os pais dormem
bem não há problema. Mas se isso é feito mais pelos pais do que pelas
crianças, se é o pai que precisa de conforto, então está errado.
E o que fazer durante as birras no supermercado, com as crianças que esperneiam no chão?
Mais uma vez, não há uma regra mágica. Se acha que já está há demasiado tempo no shopping
e que a criança está cansada, então a culpa é dos pais e é altura de ir
para casa. Se, por outro lado, passam o tempo todo "eu quero, eu
quero", é muito importante não ceder. E se a criança se atira para o
chão, que isso não afecte os pais porque é quando nos preocupamos com o
que os outros comentam que se tomam decisões erradas. Podemos deixá-la
espernear por 5 ou 10 minutos, esperar que acabe e continuar o que se
estava a fazer. Regras dão-lhes estrutura, um objectivo e, depois, o
sentimento de vitória quando o alcançarem.
Mas como podem os pais saber quando devem dizer sim ou dizer não?
É muito difícil. O livro não encerra nenhuma fórmula secreta, porque ela
simplesmente não existe. É importante não dizer sempre não, porque
seria ridículo, temos que escolher os nossos 'nãos' com muito cuidado,
os verdadeiramente importantes. E quando os escolhemos temos que os
segurar, não ceder. O que realmente não é bom para as crianças é dizer
não, não, não e depois dizer sim. Porque assim nunca saberão quais são
os limites. E uma criança usará os nossos argumentos, a nossa linguagem,
e vai lembrar-se sempre daquela vez em que dissemos sim - "Se naquele
dia deixaste porque não deixas hoje?" São muito lógicos e encostam-nos a
um canto com os seus argumentos.
Há alguma altura do dia mais propícia para a transmissão dessas regras? Se está a tentar impor limites comece nas alturas fáceis do dia -
nunca de manhã quando se corre para a escola e para o emprego.
Asha Phillips, psicoterapeuta infantil, 55 anos,
escreveu a primeira versão do livro em 1999. Um caso perdido na arte de
dizer não às duas filhas, procurou livros que a ajudassem. Como não
encontrou, escreveu ela a obra, com base nos casos que tratou na
Tavistock Clinic. "Acredite se quiser: ainda hoje o consulto". Viveu os
anos 60 em paris - encontra aí a fonte da sua permissividade - e parte
da vida na índia.
Actualmente, exerce a nível particular, atendendo
crianças, famílias e casais, em Londres. Na semana passada esteve em
Lisboa para apresentar a versão portuguesa de "Saying No". A tradução
"Um Bom Pai Diz Não" (Editora Lua de Papel) não a satisfaz plenamente -
"encerra um certo juízo de valor" -, mas adora o acrescento no canto
inferior direito da capa: "impor limites é uma forma de amar".
Texto publicado na edição do Expresso de 25 de Julho de 2009»
Ponto de vista interessante, que aborda a influência da boneca Barbie (Mattel) na imagem corporal de crianças e adolescentes (sexo feminino, essencialmente).
Um designer norte-americano criou um protótipo em 3D de uma Barbie muito
menos magra e mais curvilínea que vai "ao encontro ao corpo médio de
uma mulher".
Nickolay Lamm, do MyDeals.com,
criou o protótipo de uma boneca com proporções mais reais do que as da
Barbie, atualmente muito criticada por ter um tipo de corpo dificilmente
alcançável.
O protótipo de Lamm apresenta uma boneca mais baixa do que a atual, com pernas menos compridas, mais curvilínea e menos magra.
foto DR
O criativo usou as medidas padrão dos Centers for Disease Control and Prevention,
de uma rapariga de dezanove anos norte-americana, para criar um modelo
em 3D que se assemelhasse à boneca mais vendida em todo mundo.
Nickolas
fotografou depois o modelo 3D junto da Barbie que é usualmente vendida,
trabalhando-o depois, digitalmente, para que se assemelhasse a uma
boneca real.
"Se criticamos a magreza das modelos, devíamos pelo
menos estar abertos à possibilidade de que a Barbie pode também
influenciar negativamente as crianças", explicou o criativo por e-mail à
publicação norte-americana "The Huffington Post".
"Em todo o caso, uma Barbie proporcional à realidade também é igualmente atrativa", acrescentou Nickolay Lamm.
Lamm
lançou várias questões à Mattel, empresa que cria a boneca Barbie.
"Pode a Barbie, da forma como é produzida, influenciar negativamente o
comportamento das raparigas? Se a Barbie fica bem no corpo médio de uma
mulher norte-americana, o que está a impedir a Mattel de começar a
produzir uma?".
Um pouco de humor (psicológico) pela manhã sabe sempre bem e ajuda a começar bem o dia!
DESAFIO NuBE E a si? O que o/a diverte e ajuda a melhorar o seu dia? Partilhe connosco momentos, histórias, imagens que o tenham feito rir ou sorrir! Emails possíveis: nube@bussoladideias.pt ana.simoes.psicologa@gmail.com
Não tratar os funcionários como seres humanos, mas como meios para um fim, negligenciando os seus sentimentos, necessidades e preocupações, acabando por não conhecer os seus funcionários seja a que nível for.
Possuir expectativas irreais. Ou seja, patrões que consideram que os seus funcionários se devem dedicar a 100% aos seus empregos, trabalhar 24h sobre 24h e atingir níveis extraordinários de performance, sem no entanto fazerem o que quer que seja para promover a dedicação dos seus funcionários, ou mostrar apreço (ou compensar apropriadamente) pelos seus esforços.
Ser incapaz de ver as suas próprias limitações. Muitos patrões/chefes hierárquicos são narcisistas. De acordo com este artigo, os chefes «mais odiados» são péssimos modelos a seguir, sendo incapazes de ver as suas próprias limitações e assumirem os seus erros.
Punir primeiro e questiona depois. Estes são considerados os piores patrões, uma vez que se precipitam com acusações, em vez que analisarem calmamente os problemas e resolverem-nos.
Ser um bully. Os patrões bullies seleccionam alvos específicos para punirem de forma cruel, tirando prazer de fazer dos funcionários-alvo exemplos num esforço por manter toda a gente na linha.
Ser desonesto e pouco autêntico. Chefes que mentem, ficam com o crédito do trabalho dos outros, "aldrabam" a contabilidade são sempre desastrosos. No entanto, chefes com "dupla-face" podem ser igualmente maus. Alguns dos chefes «mais odiados» aparentam ser honestos, francos e justos, mas irão trair os seus funcionários à primeira oportunidade.
O mesmo autor apresenta algumas sugestões sobre como lidar com patrões problemáticos. Nomeadamente,
Documentar tudo. Manter um registo diário de cada erro, de cada má decisão, de cada mau comportamento (bullying, abuso, má conduta profissional) cometidos pelo seu patrão.
A segurança está nos números. Tenha em conta que o apoio mútuo ajuda a lidar com as situações e a coesão faz a força. Os seus colegas podem ser a sua rede de suporte.
Seja directo e persistente. Não se cale nem mostre medo. Recorde ao seu patrão a sua incompetência, irresponsabilidade e maus comportamentos. Mas recorde-se que é provável que o tipo de comportamento do seu patrão vá mudar de um dia para o outro.
Prepare-se para represálias. Prepare-se para a possibilidade de vir a ser visto como o "mau da fita" ou mesmo para a possibilidade de ser despedido. Convém ter um Plano B.
Investigadores canadianos usaram técnica de estimulação cerebral profunda
2013-06-28
Foram aplicados pequenos impulsos eléctricos perto do fórnix
«A doença de Alzheimer foi revertida pela primeira vez. Uma equipa de
investigadores canadianos, da Universidade de Toronto, liderada por Andres Lozano, usou uma técnica de estimulação cerebral profunda, directamente no cérebro de seis pacientes, conseguindo travar a doença há agora já mais de um ano.
Em dois destes pacientes, a deterioração da área do cérebro associada à
memória não só parou de encolher como voltou a crescer. Nos outros
quatro, o processo de deterioração parou por completo. Nos portadores de Alzheimer, a região do
hipocampo é uma das primeiras a encolher. O centro de memória funciona
nessa área cerebral, convertendo as memórias de curto prazo em memórias
de longo prazo. Sendo assim, a degradação do hipocampo revela alguns dos
primeiros sintomas da doença, como a perda de memória e a
desorientação.
Imagens cerebrais revelam que o lobo temporal, onde está o hipocampo e o
cingulado posterior, usam menos glicose do que o normal, sugerindo que
estão desligadas e ambas têm um papel importante na memória.
Para tentar reverter esse quadro degenerativo, Lozano e sua equipa
recorreram à estimulação cerebral – enviar impulsos eléctricos para o
cérebro através de eléctrodos implantados.
O grupo instalou os dispositivos perto do fórnix – um aglomerado de
neurónios que enviam sinais para o hipocampo – dos pacientes
diagnosticados com Alzheimer há pelo menos um ano. Os investigadores
aplicaram pequenos impulsos eléctricos 130 vezes por segundo.
Testes realizados um ano depois mostram que a redução da glicose foi
revertida nas seis pessoas. Esta descoberta pode levar a novos caminhos
para tratamentos de Alzheimer, uma vez que é a primeira vez que foi
revertida.
Os cientistas admitem, no entanto, que a técnica ainda não é conclusiva e
que necessita de mais investigação. A equipa vai agora iniciar um novo
teste que envolve 50 pessoas.»
Seria importante, no âmbito da redacção deste tipo de artigos, haver uma consciencialização, por parte dos jornalistas, do facto de a forma como veiculamos a informação influenciar a forma como a maioria do público reage a este tipo de populações. Quiçá, inclusivamente, a redacção deste tipo de artigos passar a ser efectuada em equipa com um profissional da Saúde, como um Psicólogo, por exemplo.
«If it bleads, it leads», tudo bem, é importante vender jornais. Mas, neste tipo de situações, importa ter noção da responsabilidade que se tem ao veicular informações e notícias, e ter noção das consequências das mesmas para, por exemplo, neste caso, as populações homossexual e bissexual portuguesas, que já sofrem suficiente discriminação.
Se se analisar a tabela da página24 do Relatório de 2012 (link no fim do comentário), verificar-se-á que a disseminação do HIV nas populações heterossexual e toxicodependente continua a ser superior à disseminação do HIV nas populações homossexual e bissexual. Verifica-se ainda que, ao contrário do que o texto da notícia leva a crer, os casos de disseminação do HIV nas populações homossesual e bissexual quando comparamos os dados referentes a 2005 e 2012.
Este tipo de notícias não deveria servir para espalhar o medo e a discriminação. Antes, deveria servir para consciencializar para a necessidade de adoptar comportamentos sexuais mais seguros (o recurso ao preservativo é essencial), para a necessidade de criar formas mais eficazes de espalhar informação de cariz preventivo, e para a necessidade de nos questionarmos porque é que as formas de veicular a informação não estão a surtir o efeito desejado.
«Casos de transmissão heterossexual e entre toxicodependentes estão a
descer, ao contrário dos casos entre a população homossexual e
bissexual, em que são feitos diagnósticos em idades cada vez mais
jovens.
Quase um terço de novos casos de infecção por VIH/sida em Portugal
estão a ser diagnosticados no estádio mais avançado da doença, quando já
têm sida, revela o relatório que faz o retrato nacional, que é
apresentado nesta sexta-feira em Lisboa.
Em 2012 foram notificados
em Portugal 1551 novos casos de infecção, mas só 776 são de casos
diagnosticados no próprio ano. Os restantes foram notificações feitas
com atraso e que dizem respeito a detecções de anos anteriores.
Um
dos dados considerados mais relevantes é o facto de quase um terço
(31,8%) dos infectados terem sido detectados já “no último estádio da
doença, o mais avançado”. Isso signfica que são pessoas que já têm pelo
menos uma doença associada que é indiciadora de um sistema imunitário
deprimido, explicou ao PÚBLICO a coordenadora do relatório, que retrata a
situação até ao final do ano passado, Helena Cortes Martins,
investigadora do Núcleo de Vigilância Laboratorial de Doenças
Infecciosas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa).
Mas
a maioria dos casos notificados encontravam-se assintomáticos à data de
diagnóstico (50,4%) e 17,8% foram classificados como portadores
sintomáticos mas ainda não com sida.
Nos casos de sida, a
tuberculose é a patologia mais frequente, mas tem havido um aumento do
número relativo de casos que referem pneumonia.
Contrariamente a
outros países europeus, em Portugal não se observou um decréscimo
acentuado no número de casos de sida após a introdução, no final dos
anos 1990, da terapia anti-retroviral combinada, verificando-se uma
estabilização até 2002, ano a partir do qual se iniciou então uma
tendência decrescente. Hoje em dia, “os casos de sida continuam,
lentamente, a diminuir”, assinala a investigadora. Helena Cortes
Martins refere que a proporção alta, verificada no ano passado, de
pessoas que chegam aos serviços de saúde já na fase final da doença “é
um sinal de alerta”, uma vez que incluem casos de diagnóstico tardio, o
que aponta para a necessidade de aumentar “as políticas de diagnóstico”,
mas também casos de pessoas que estão a ser seguidas e medicadas e que,
mesmo assim, evoluíram para o estádio sida. A idade média dos
diagnóstico de sida é de 37,6 anos.
A investigadora diz que estes
dados devem ser o ponto de partida, o importante agora é perceber a sua
explicação. No caso dos diagnósticos tardios refere que tendem a ser
mais frequentes em heterossexuais, porque têm menos consciência dos
riscos que correram e a fazer menos os testes, em contraste com a
população bissexual e homossexual, que costuma fazer mais vezes os teste
VIH, até porque isso, muitas vezes, condiciona a escolha do parceiro,
uma tendência detectada em vários estudos europeus, refere.
Mais jovens homossexuais Mas
os dados deste relatório denotam, ainda assim, que é na população de
homens que têm relações sexuais com homens que a infecção por VIH está a
aumentar: a transmissão homo/bissexual corresponde a 34,1% dos casos
diagnosticados em homens. Uma análise feita no relatório, de 2005 e
2011, atesta uma redução de 79,2% nos casos relacionados com o consumo
de drogas e de 21,3% nos casos associados à transmissão heterossexal; já
os casos de transmissão homo/bissexual aumentaram 33,1% no mesmo
período.
Embora esta costume ser uma população mais informada em
relação aos riscos de transmissão, os dados mostram que tem vindo a
descer a idade do diagnóstico. “É gente nova com diagnóstico em idades
mais jovens. A informação pode não estar a surtir efeito, são muitos
infectados e jovens”, alerta.
O relatório sublinha ainda que cerca
de um quarto dos novos casos de infecção por VIH são de estrangeiros
(28,4%), uma proporção que tem vindo a aumentar, à semelhança do que
acontece com outros países europeus, em que a proporção de infectados
pode chegar a ser metade do total, ressalva a investigadora. “Portugal
está dentro da média europeia.”
Em primeiro lugar nesta lista
surgem pessoas originários de países da África subsariana, seguidos de
indivíduos da América Latina. Helena Cortes Martins nota que estes dados
devem “servir de motor para se investigar o porquê”: há questões
culturais que impedem a passagem de mensagens de prevenção? Há eventuais
barreiras na chegada das pessoas aos serviços de saúde?, questiona.
No ano passado morreram 139 pessoas por infecção por VIH/sida.»