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sexta-feira, 29 de junho de 2012

OUTROS BLOGS: «Técnicas para promover o Bem-estar»

Traduzido e adaptado de Psicología y Terapias por Ana Simões

Técnicas para promover o Bem-estar


1. Partilhe os sentimentos positivos.
Mostre a quem o/a rodeia o quão gratificante é a sua companhia, o quanto gosta dessa pessoa. Utilize a linguagem para expressar o seu bem-estar. É gratificante para quem diz e para quem ouve.

2. Evite ser desmancha-prazeres.
Com quem preferia estar? Com alguém que vê a vida cheia de desgraças, tragédias e mentiras, e que está sempre a esquivar-se ou com alguém alegre mesmo em dias de chuva? O pessimismo é negativo para as relações interpessoais e para o bem-estar. Claro que ninguém será sempre bem; o problema é quando o pessimismo se instala, tornando-se numa prisão quotidiana com início ao acordar.

3. Recorde momentos felizes.
Dê prioridade a pensamentos felizes, a memórias de eventos de plenitude, gozo e alegria, daqueles que instantaneamente lhe desenham um sorriso no rosto. Repita-as mentalmente, recorra a essas memórias em momentos de tensão e melancolia. Faça delas um refúgio, um regresso à serenidade, pois essas memórias podem permitir-lhe deixar passar fases de crise, de forma a refletir e a ponderar se a situação que vivencia será assim tão terrível ou algo mais fácil de ultrapassar do que imaginara.

4. Felicite-se a si próprio/a.
Não quer dizer que se vanglorie. Apenas que reconheça o seu valor enquanto pessoa, que valorize as suas conquistas e sucessos, que se premeie também. Errar é humano, mas a aprendizagem humana também se realiza por meio dos erros cometidos. Aprenda a valorizar-se apesar dos seus defeitos e erros; aprenda com eles. Promova a sua autoestima - ela é muito importante para o seu bem-estar emocional.

5. Recorra aos seus sentidos.
Já experimentou provar a sua comida preferida de olhos fechados ou sentir o cheiro da terra molhada num dia de chuva? Preste atenção ao riso do seu filho, sinta o calor do abraço do seu companheiro, deixe-se levar pela música. Raramente fazemos pausas na intensidade e na corrida da vida atual para dar a importância devida ao mundo que nos rodeia. Focar-se nos seus cinco sentidos permitir-lhe-á vivenciar uma situação prazenteira, a saborear o momento e a ligar-se ao aqui e agora.

6. Deixe-se levar.
Diariamente o tempo parece voar. É o arranjar as crianças a tempo e horas, é o caminho para o emprego (já a pensar na agenda preenchida do dia que ainda há instantes começou), é o trânsito, e os colegas de trabalho e o patrão. É todo o stress que a correria diária origina. Aprenda a deixar-se levar, a libertar-se do stress do dia a dia, a focar-se no presente, em situações controláveis, por oposição a tudo aquilo que não consegue controlar.

7. Ria-se mais.

Estudos recentes referem que rir minimiza a percepção da dor, estimula o sistema imunitário, diminui as hormonas ligadas ao stress e promove a libertação de endorfinas.

8. Construa a alegria.
Em vez de sentar-se e esperar que os bons momentos surjam, seja o artista da sua vida e crie os momentos felizes. Permita-se voltar a ser criança e brinque com os mais pequenos, corra, ande de bicicleta. Tire fotos dos seus amigos, das paisagens, dos momentos únicos, dos seus familiares e dos seus animais de estimação. Dance sempre que possa. Não desperdice oportunidades de se divertir. O importante é que se permita libertar-se e desfrutar da vida. Escreva um diário da felicidade: ao fim de cada dia reveja mentalmente a lista de situações que o/a fizeram sorrir e anote-as. Todos os eventos são importantes.

9. Agradeça.
Agradeça aos seus amigos por fazerem parte da sua vida. Agradeça a um estranho que lhe deu passagem. Agradeça cada instante de felicidade. Agradeça a companhia dos seus filhos, e cada beijo do seu companheiro.

10. Proponha-se saborear cada instante.
Ainda que cada começo possa representar um esforço, principalmente se lhe passarem despercebidos pequenos detalhes da vida quotidiana, é importante que se esforce por reconhecer esses instantes únicos e a sua importância na vida. A vida e a felicidade estão nas pequenas coisas, nesses instantes fugazes. Em suma, mantenha-se em contacto com o seu mundo interior e com o mundo que o/a rodeia.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

NOTÍCIAS: «Saúde mental. “Mais de 90% dos casos não precisam de medicação”»

«Saúde mental. “Mais de 90% dos casos não precisam de medicação”»



Psicologo-Psiquiatra

«Por Marta F. Reis, publicado em 28 Jun 2012 - 15:13 | Actualizado há 1 hora 1 minuto

Rede embrionária na Europa quer tirar a psicoterapia da obscuridade e torná-la a resposta de primeira linha para os doentes com perturbações psicológicas

Dados nacionais sobre sessões de psicoterapia no país, no público ou no privado, não existem. Nem sobre especialistas em psicoterapia no Serviço Nacional de Saúde (SNS) nem sobre consultórios privados. Sabe-se que psicólogos, que podem ou não ter esta especialidade, são 221 para 400 centros de saúde. Nos hospitais há 431 médicos psiquiatras – com ou sem especialidade em psicoterapia – e destes, só 17 estão no Alentejo e Algarve. Há depois 198 internos em todo o país.

Em contraponto, os dados sobre o consumo de medicamentos antidepressivos estão actualizados até Maio: o número de embalagens vendidas nas farmácias aumentou 6,3%, para 2,9 milhões (as comparticipadas pelo Estado aumentaram 11,5%). Um grupo de psicoterapeutas, unidos na Rede de Cuidados Psicoterapêuticos, pretende combater o que defende ser um excesso de investimento na medicação – e défice nos cuidados terapêuticos desenvolvidos pelas ciências psicológicas. Sobretudo, quando há uma crise em pano de fundo que pedia respostas mais profundas a nível nacional.

Jorge Gravanita, psicólogo clínico e psicoterapeuta, representa em Portugal a Network for Psychotherapeutic Care in Europe. O projecto ganhou fôlego nos últimos meses e visa, para já, um levantamento das necessidades e assimetrias nos cuidados da psicoterapia na Europa e promover novas políticas junto dos decisores políticos. Em Fevereiro, a rede esteve no Parlamento Europeu e terá uma nova reunião em Setembro, enquanto continua o trabalho de casa: diagnosticar lacunas e traçar o caminho a seguir.

“As políticas europeias em saúde mental têm privilegiado quase em absoluto o tratamento com drogas psicotrópicas. É muito grave. Todos os estudos indicam que o tratamento de primeira linha devia ser a psicoterapia, sem necessidade de recorrer à medicação”, diz Gravanita, também vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica. Segundo o especialista, o consenso entre psicoterapeutas é que 90% dos casos que chegam ao consultório não precisariam da medicação. Em Portugal, acontece o contrário: o último eurobarómetro dedicado à saúde mental, de 2010, revelou que 15% dos portugueses tinham tomado antidepressivos nos 12 meses anteriores, o dobro da média europeia, tendo Portugal a maior prevalência do consumo.

Jorge Gravanita acredita que parte deste recurso excessivo aos medicamentos tem a ver com alguma “obscuridade” da psicoterapia: não existe no SNS mas também não está coberta nos seguros de saúde, pelo que não é viável para a as carteiras de muitos portugueses. Por outro lado, reflecte uma sociedade “consumista” que contamina a saúde e encara como mais fácil tomar um medicamento. “Há um sobreinvestimento numa área que é muito rentável mas que depende de alguma aleatoriedade e pode até ser prejudicial: há resultados de eficácia manipulados e por avaliar a longo prazo.”

A alternativa, que propõem e querem que seja discutida entre especialistas, seria tornar a psicoterapia parte dos cuidados básicos de saúde, como pólo de intervenção para o qual psicólogos ou médicos de família pudessem encaminhar doentes, ao mesmo tempo que se investia na prevenção. Sem esta rede, defende, os tratamentos estão a ser adiados: “As pessoas não estão a resolver os problemas, estão a evitá-los. O medicamento funciona como analgésico: a pessoa não reflecte porque é que a família se está a dissolver, por que razão há dificuldades de comunicação”, exemplifica. “A saúde é conseguirmos lidar com os problemas. Há frustração e tristeza e tudo isto tem de ser trabalhado. Há uma dimensão humana que tem de ser reintroduzida nos cuidados de saúde.”

O objectivo da rede é criar uma metodologia de trabalho e oferecer respostas que possam ser incorporadas nos planos nacionais e directivas europeias. Entre os pares, Portugal surge com atraso e quase tudo por fazer, diz Gravanita. No novo programa nacional para a Saúde Mental, em discussão pública, não há qualquer referência à psicoterapia. “Em países como a Alemanha ou Noruega já existe comparticipação. Em Portugal não queremos pedir nada à DGS, queremos começar por saber que especialistas existem, como nos podemos articular. Estamos numa fase em que os profissionais ainda estão um pouco guetizados.”

Mais psicoterapia ajudaria o país em estado de emergência social? Gravanita não tem dúvidas. “O custo da doença mental em Portugal é brutal. O estado do país não resulta só das questões financeiras. Estamos numa condição psíquica deficitária e a forma como as pessoas estão afectadas, desmotivadas, deprimidas, contribui para a baixa produtividade. Não estamos a ter os recursos que devíamos para enfrentar os problemas.”»

terça-feira, 26 de junho de 2012

DaVINCI EXPO Sul - FÉRIAS de VERÃO 2012

A NÃO PERDER!!!

Ginásio DaVinci Lisboa ExpoSul
Rua da Nau Catrineta, Lote 3.06.01.F
1990-183 Lisboa
T. 216007211
Email: lisboa-exposul@davinci.edu.pt


 




sábado, 23 de junho de 2012

Da violência conjugal

A violência conjugal, que engloba qualquer acto, conduta ou omissão que sirva para infligir, reiteradamente e com intensidade, sofrimentos físicos, sexuais, mentais ou económicos, de modo directo ou indirecto (por meio de ameaças, enganos, coacção ou qualquer outro meio), pode ser exercida, tanto sobre cônjuges ou companheiros maritais, como sobre ex-cônjuges ou ex-companheiros maritais. A violência no namoro é um caso particular da violência conjugal.

Esta problemática deverá ser perspectivada sistemicamente, uma vez que a violência conjugal não surge mediante uma relação de causa-efeito, mas a partir da confluência de plúrimos factores de risco, de onde se ressaltam doze: (1) presença de violência na família de origem; (2) transversalidade a todos os níveis socio-económicos, quer na vítima, quer no agressor; (3) consumo habitual e excessivo de álcool; (4) défices comportamentais; (5) psicopatologia; (6) violência contra as crianças; (7) normas patriarcais; (8) desigualdades de género; (9) poder diferencial na relação; (10) aprovação normativa da violência; (11) legitimação de certas formas de interacção; (12) agressão generalizada.

De acordo com diversos estudos, observa-se que a instalação da violência na relação apresenta um padrão trifásico que compreende a fase de emergência da tensão, a fase do incidente crítico da agressão e a fase da reconciliação ou de trégua, também designada por fase de lua-de-mel.

Nesta sequência, verifica-se a existência de múltiplas razões que levam a vítima a permanecer nesta situação, designadamente, amor, medo, orgulho, vergonha, embaraço, lealdade, dependência financeira, baixa auto-estima, ou a combinação de todas ou algumas destas razões.

A literatura descreve ainda um conjunto de indicadores frequentemente presentes nas vítimas de maus-tratos conjugais, nomeadamente, comportamentos depressivos ou de grande evitamento (por exemplo, vergonha, isolamento, culpabilização, desânimo aprendido e baixa auto-estima), distúrbios cognitivos e mnésicos (por exemplo, confusão mental, imagens intrusivas, memórias recorrentes do trauma, dificuldades de concentração, crenças incapacitantes sobre si e os outros, comprometendo competências como a tomada de decisão), distúrbios de ansiedade (por exemplo, hipervigilância, medo, percepção de ausência de controlo, fobias, ataques de pânico, taquicardia e activação fisiológica), bem como outras alterações, por exemplo, ao nível da sexualidade, ao nível da imagem corporal, assim como dependência de substâncias e desordens do sono e do apetite.

Importa que se realizem mais estudos sobre esta temática, não só relativamente a vítimas do sexo feminino, mas também incidindo sobre as vítimas do sexo masculino, uma vez que estas também existem (infelizmente, devido a preconceitos com origem no tipo de sociedade vigente, sentimentos de vergonha impedem estas vítimas de formularem queixas junto dos órgãos e instituições competentes).

Revela-se ainda imperativa a sensibilização da classe política por forma a promover a criação de mais e melhores dispositivos de prevenção (primária, secundária e terciária) da violência conjugal, nomeadamente, a implementação de programas de intervenção de modo a dirimir esta problemática.









Hoje recebi flores

 
“- Não é o meu aniversário ou nenhum outro dia especial; tivemos a nossa primeira discussão ontem à noite e ele disse muitas coisas cruéis que me ofenderam de verdade. Mas sei que está arrependido e não as disse a sério, porque ele me enviou flores hoje.
 
- Não é o nosso aniversário ou nenhum outro dia especial. Ontem ele atirou-me contra a parede e começou a asfixiar-me. Parecia um pesadelo, mas dos pesadelos acordamos e sabemos que não é real. Hoje acordei cheia de dores e com golpes em todos lados. Mas eu sei que está arrependido porque ele me enviou flores hoje. E não é dia de São Valentim ou nenhum outro dia especial.
 
- Ontem à noite bateu-me! E ameaçou matar-me. Nem a maquilhagem ou as mangas compridas poderiam ocultar os cortes e golpes que me ocasionou desta vez. Não pude ir ao emprego hoje porque não queria que se apercebessem. Mas eu sei que está arrependido porque ele me enviou flores hoje. E não era dia da mãe ou nenhum outro dia especial.
 
- Ontem à noite ele voltou a bater-me, mas desta vez foi muito pior. Se conseguir deixá-lo, o que vou eu fazer? Como poderia eu sozinha manter os meus filhos? O que acontecerá se faltar o dinheiro? Tenho tanto medo dele! Mas dependo tanto dele que tenho medo de o deixar. Mas eu sei que está arrependido, porque ele me enviou flores hoje.
 
- Hoje é um dia muito especial: É o dia do meu funeral. Ontem finalmente conseguiu matar-me. Bateu-me até eu morrer. Se ao menos eu tivesse tido a coragem e a força para o deixar... Se tivesse pedido ajuda profissional... Hoje não teria recebido flores!”
(Encontrado na internet)





sexta-feira, 22 de junho de 2012

OPP: «Governo apoia a autonomia científica dos Psicólogos»

Espero que estas reuniões acabem por dar frutos.
 

«Governo apoia a autonomia científica dos Psicólogos»
 
Link

«No passado dia 14 de Junho, a Direcção da OPP foi recebida pelo Sr. Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Dr. Leal da Costa.

Esta reunião, solicitada pela OPP, permitiu discutir várias situações que preocupam os Psicólogos e que são igualmente importantes para os cidadão em geral. Um dos temas abordados disse respeito aos riscos psicossociais e ao papel dos Psicólogos nesta área. Os estágios profissionais foram outro das áreas em discussão. O Bastonário, Telmo Mourinho Baptista, O Vice-presidente Samuel Antunes e Francisco Rodrigues, membro da Direcção, destacaram a necessidade de revisão dos instrumentos de financiamento de estágios profissionais, nomeadamente através do IEFP e do novo programa agora apresentado – Impulso Jovem. A OPP demonstrou a sua preocupação com a cobertura de serviços prestados aos cidadãos e coma necessidade de soluções de proximidade, fazendo uma utilização maior dos recursos profissionais dos psicólogos.

OPP e Governo estão ainda de acordo quanto à autonomia científica dos Psicólogos, tendo esta matéria sido abordada no quadro da revisão das tabelas de actos praticados por profissionais de saúde.»

quinta-feira, 21 de junho de 2012

ESTUDOS: «Study: Distress linked to risk of death from stroke»

«Study: Distress linked to risk of death from stroke»


«Psychological distress was associated with a higher risk of death from stroke among tens of thousands surveyed in a study.

Psychological distress includes factors such as anxiety, depression, sleeping problems and loss of confidence, and is common in about 15% to 20% of the general population, according to background information in the study, which appeared June 18 on the website of the Canadian Medical Association Journal.

Although evidence has linked psychological distress to coronary artery disease, researchers noted a lack of data linking psychological distress with risk of death from stroke and other cerebrovascular diseases.

Researchers from University College London in the United Kingdom sought to better understand this link. They looked at data from a study of 68,652 participants in the Health Survey for England. The average age of participants was 54.9 years, 45% were male and 96.1% were white.

To measure psychological distress, the researchers used the General Health Questionnaire, a widely used measure in population studies. Psychological distress was evident in 14.7% of participants, and those reporting distress were younger and more likely to be female and from lower income groups, to smoke and to use hypertension medications.

Over an average follow-up time of 8.1 years, the researchers noted 2,367 deaths from cardiovascular disease — 1,010 from ischemic heart disease, 562 from cerebrovascular disease and 795 from other cardiovascular-related deaths.

People with psychological distress — a score of 4 or higher on the GHQ-12 — had about a 66% higher risk of death from cerebrovascular disease and a 59% higher risk of death from ischemic heart disease compared with participants with no symptoms of psychological distress (a GHQ-12 score of 0). "There was also evidence of a dose-response effect with increasing GHQ-12 score," the authors wrote, adding that the associations were only marginally moderated after adjustment for possible confounders such as socioeconomic status, smoking and use of hyperintensive medications.

"Psychological distress was associated with death from cardiovascular disease, and the relation remained consistent for specific disease outcomes, including ischemic heart disease and cerebrovascular disease," Mark Hamer, PhD, and coauthors wrote.

"We saw an association between psychological distress and risk of cerebrovascular disease among our participants, all of whom had been free from cardiovascular disease at baseline. This association was similar in size to the association between psychological distress and ischemic heart disease in the same group."

The researchers suggest questionnaires could be useful screening tools for common mental illnesses to help reduce risk factors for death from cardiovascular disease.»


segunda-feira, 18 de junho de 2012

OUTROS BLOGS: «Ansiedade nos Jovens perante os Testes/Exames»

Importa salientar que, relativamente aos sintomas da ansiedade, nem sempre surgem todos eles. Até porque cada pessoa vai reagir de forma diferente a uma mesma situação.

Muitas vezes, a ansiedade passa por transpirar, sentir o coração a bater mais depressa, sentir cansaço, boca seca, sentir os músculos tensos, sensação de ter um "nó" na garganta, sentir-se indisposto, etc.




«Ansiedade nos Jovens perante os Testes/Exames»


«A Ansiedade perante os Testes e Exames
Breve introdução de o que é a ansiedade?
A Ansiedade é cada vez mais frequente na vida dos jovens. A ansiedade é uma perturbação psíquica caracterizada por um estado quase constante e permanente de inquietação, preocupação, angústia, intranquilidade, desassossego, ansiedade, medo, etc, e que provoca um mal-estar e uma tensão constante. A pessoa está sempre numa tensão constante e com "medo de algo" que ela não conhece nem sabe definir. Ela sente-se intranquila e as situações á sua volta criam-lhe muitas vezes um mal-estar que ela não consegue definir nem controlar. Este estado de espírito altera negativamente a vida da pessoa e leva-a a afastar-se da realidade á sua volta, acabando muitas das vezes por prejudicar a sua vida e os seus relacionamentos. A Ansiedade por ser rápida de passar, mas na hora com alguns sintomas é um sofrimento muito grande. Cerca de 22% da população sofre de uma das perturbações de ansiedade em algum momento da sua vida. A Ansiedade é ter medo sem razão. Roer o lápis, as unhas, ter um frio na barriga, suar excessivamente, são sintomas comuns da ansiedade, que está presente em todas as pessoas. Umas mais evidentes que as outras, mas quando o corpo está se preparando para reagir a uma surpresa, boa ou ruim é inevitável algumas reacções. O problema quando esse nervosismo se transforma num jeito pessimista de ver a vida, ou num medo excessivo de fazer alguma coisa. Caso isso aconteça, é bom ir se consultar, pois a ansiedade pode virar doença.
Alguns Sintomas que ocorrem quando estas ansioso/a:
•  Fadiga (Cansaço)
•  Insónia
•  Falta de ar ou sensação de sufoco
•  Picadas nas mãos e nos pés
•  Confusão
•  Instabilidade ou sensação de desmaio
•  Dores no peito e palpitações
•  Afrontamentos, arrepios, suores, frio, mãos húmidas
•  Boca seca
•  Contracções ou tremores incontroláveis
•  Tensão muscular, dores
•  Necessidade urgente de defecar ou urinar
•  Dificuldade em engolir
•  Sensação de ter um "nó" na garganta
•  Dificuldades para relaxar
•  Dificuldades para dormir
•  Leve tontura ou vertigem
•  Vómitos incontroláveis
•  Entre outros…
A Ansiedade nos testes/exames
Vivemos numa época dominada pela importância dos testes/exames, em que a vida de muitas pessoas é enormemente influenciada pelo seu desempenho em vários testes/exames. De modo geral, todos nos experimentamos algum nervosismo ou tensão antes dos testes/exames ou noutros acontecimentos importantes das nossas vidas.
Um pouco de nervosismo pode ate motivar-nos, mas contudo muito nervosismo pode tornar-se um problema, especialmente se interferir com a nossa habilidade. A ansiedade que alguns jovens experimentam durante testes/exames é tão perturbadora que eles chegam a procurar apoio profissional. Normalmente estes jovens queixam-se que a ansiedade lhos prejudica nos estudos e no processo de raciocínio durante os testes. De modo geral estes jovens ate sabem as devidas respostas mas não conseguem lembra-las porque ficam “bloqueados” durante os testes/exames,
Uma boa preparação não eliminara o nervosismo para os testes/exames, mas pode permitir me que o estudante se concentre em ter um bom desempenho. Por outro lado a perda de status e de auto-estima pode piorar o desempenho do mesmo em estudantes ansiosos. Os estudantes com elevado grau de ansiedade nos testes/exames, ficam bastante emocionados e com pensamentos bastante negativos, no qual prejudicam o seu desempenho. E os de baixo grau de ansiedade, reagem com motivação e com muita concentração. A ansiedade nos testes/exames tem dois aspectos bastante negativos como a preocupação e a emocionalidade.  
Para minimizares o excesso de ansiedade nos testes, poderás fazer:
- Evitar se preocupar com os testes e preparar-se bem para o mesmo, com o material essencial;
- Reunir a informação adequada que foi dada ao longo do período ou ano;
- Pergunta a ti próprio as questões para ver se estas mesmo preparado e tenta responde-las;
- Selecciona a parte mais importante da matéria se não a conseguires estudar toda;
Também podes aperfeiçoar o teu modo de realizar o teste/exame, tentando o seguinte:
- Lembra-te que tens outros testes para recuperar;
- Dá uma motivação a ti próprio;
- Evitar pensar de forma negativa;
- Tenta mostrar aquilo que sabes;
Quando for o dia do teste/exame tens de ter em conta:
- Começar o teu dia com um pequeno-almoço bem reforçado;
- Tenta fazer alguma coisa que te relaxe antes do teste/exame;
- Tenta chegar cedo ao local do teste/exame e selecciona um lugar onde te sintas confortável;
- Evita que os teus colegas te geram ansiedade;
- Na hora do teste tenta raciocinar bem sem stress;
Quando receberes o teste/exame, lê bem as perguntas e responde a todas mesmo que estejam mal:
- Revê o teste todo, lê a introdução, tenta pensar naquilo que estudas-te;
- Elabora um esquema antes de responderes;
- Evita as repetições;
- Para as perguntas de resposta curta, responde só aquilo que te é pedido;
- Mostra que sabes as tuas próprias palavras;
- Não te precipites na resolução do teste;
- No final tenta rever as tuas respostas e também verifica se as fizeste todas;
Depois do teste/exame, de estar bem feito ou não, tenta não pensar no mesmo e nos erros que possas ter cometido, tenta fazer alguma coisa relaxante e diverte-te.» 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

APAV: «15.JUN | Dia Internacional de Sensibilização sobre a Prevenção da Violência Contra as Pessoas Idosas»



15.JUN | Dia Internacional de Sensibilização sobre a Prevenção da Violência Contra as Pessoas Idosas

«A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, em conjunto com o Ministério da Saúde e a Direção-Geral de Saúde, associa-se à iniciativa anual da International Network for Prevention of Elder Abuse (INPEA), que no dia 15 de Junho, assinala o Dia Internacional de Sensibilização sobre a Prevenção da Violência Contra as Pessoas Idosas. Reconhecendo que a violência contra as pessoas idosas constitui um problema social e de saúde pública, considera-se que o seu eficaz combate pode contribuir para um futuro mais inclusivo, onde todos sejam respeitados ao longo do ciclo de vida, nomeadamente no contexto de um envelhecimento ativo e saudável.

A APAV tem vindo a alertar a sociedade portuguesa para a realidade ainda obscura da violência praticada contra as pessoas idosas. Com o aumento da esperança de vida prevê-se que o número de pessoas com mais de sessenta anos duplique até 2025, passando de 542 milhões em 1995 para 1.200 milhões nessa data. A Organização Mundial de Saúde (OMS) receia que este aumento, associado a uma certa quebra de laços entre as gerações e com o enfraquecimento dos sistemas de proteção social, venha a agravar as situações de violência.

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima tem verificado que, desde 2000 até ao ano 2011, houve um aumento de 158 por cento do total das pessoas idosas vítimas de crime. Entre 2000 e 2011 a APAV recebeu 6.240 pessoas idosas vítimas de crime. Com estes processos de apoio a APAV verificou que existe um insuficiente conhecimento do tema por parte das vítimas, familiares e prestadores de cuidados, bem como uma insuficiente informação e capacitação dos profissionais para intervirem nestas situações. Como tal, é fundamental continuar a divulgar e sensibilizar a sociedade para esta temática, a partir da campanha de sensibilização e divulgação pública desenvolvida no Projecto Títono – Apoio a Pessoas Idosas Vítimas de Crime e de Violência, financiado pela Direção-Geral de Saúde.

Pode fazer AQUI o download da pasta ZIP, que inclui os materiais da campanha (folhetos, cartazes e spots tv).
»

ANIVERSÁRIOS: Erik Erikson, Psicólogo e Psicanalista Americano de origem Alemã

Erik Erikson (15 Junho 1902 – 12 Maio 1994)

Psicólogo e Psicanalista Americano de origem Alemã, Erik Erikson teorizou sobre a Psicologia do Desenvolvimento Psicossocial. 

Para Erikson, o desenvolvimento humano realizar-se-ia por meio de crises psicossociais (motores de desenvolvimento, com uma dupla vertente: positiva e negativa) que, sendo ultrapassadas, levariam a que a pessoa passasse ao estádio de desenvolvimento seguinte.

De acordo com este autor, o desenvolvimento psicossocial seria um processo que duraria todo o ciclo de vida humano, espraiando-se por 8 fases:

1. Confiança versus Desconfiança (0 - 18 meses), em que a criança apreenderia o mundo como um local seguro e aprenderia a confiar nas pessoas à sua volta (ou o seu inverso), dependendo da qualidade da relação diádica mãe-bébé.

2. Autonomia versus Dúvida/Vergonha (18 meses - 3 anos), em que a criança se desenvolveria como um ser autónomo, por meio da experimentação do mundo à sua volta.

3. Iniciativa versus Culpa (3 - 6 anos), em que a criança começa a afirmar a sua idade, em começa a ganhar à-vontade, física e verbalmente, para se exprimir.

4. Indústria/Mestria versus Inferioridade (6 - 12 anos), em que a criança começa a desenvolver aprendizagens escolares, a testar limites, e a fazer aprendizagens sociais.

5. Identidade versus Confusão/Difusão de Papéis (12 - 18/20 anos), em que a sociedade permite ao adolescente uma moratória psicossocial, um compasso de espera entre a infância e a adultícia, para que o adolescente possa construir a sua identidade e se descobrir enquanto pessoa, definindo o seu papel futuro na sociedade.

6. Intimidade versus Isolamento (18/20 - cerca dos 30 anos), em que o jovem adulto começa a desfrutar da verdadeira genitalidade, desenvolvendo relações afetivas importantes e consolidando a sua identidade sexual.

7. Generatividade versus Estagnação (cerca dos 30 - cerca dos 65/70 anos), onde o conflito se resume a educar, criar e cuidar do futuro, preocupar-se com os seus interesses e necessidades.

8. Integridade versus Desespero (cerca dos 65/70 anos até ao fim da vida), idade marcada por um olhar retrospectivo, em que o indivíduo sente necessidade de avaliar a sua vida, as metas a que se propôs na vida, os seus sucessos e fracassos.





quinta-feira, 14 de junho de 2012

DaVINCI LISBOA EXPOsul: Outras iniciativas de Verão 2012

DaVINCI SUMMER CAMP

VENHA SABER MAIS!!!







DaVinci Ginásios da Educação - Unidade Lisboa Expo Sul
Rua da Nau Catrineta, Lote 3.06.01.F
1990-183 Lisboa
T. 216 007 211
Email: lisboa-exposul@davinci.edu.pt

NOTÍCIAS: «Fazem falta airbags para os encontrões da vida» (Javier Urra, Psicólogo)

Porque amar os filhos é educá-los...


VISÃO, 14/06/2012: «Fazem falta airbags para os encontrões da vida» (Javier Urra, Psicólogo)

Link


NOTÍCIAS: «Crise agrava problemas de saúde mental e dependências»


Não é fácil lidar com a crise, qualquer tipo de crise que seja.

E o atual panorama económico-financeiro tem vindo a promover a doença: o desenvolvimento de patologias do foro mental (como sejam a depressão e a ansiedade), ou o agravamento de doenças já instaladas, devido à incerteza do futuro e à perda de poder de compra (não saber se vai ser possível pagar a próxima prestação da casa, a água e a luz, ou como se irá pagar a medicação, quando o dinheiro faz falta para pôr comida na mesa).


«Crise agrava problemas de saúde mental e dependências»



«O Observatório Português dos Sistemas de Saúde considera, no Relatório de Primavera 2012, que a crise agrava os problemas de saúde mental e de dependências, bem como a prevalência de doenças infeciosas.

No Relatório de Primavera 2012, intitulado "Crise & Saúde - Um país em sofrimento", o Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS) sublinha que os efeitos da crise socioeconómica na saúde mental "são bem conhecidos", sublinhando que as principais manifestações passam pela perda de autoestima, depressão, ansiedade e risco de comportamentos suicidas.

"No desencadear destas manifestações o desemprego e endividamento têm um papel particularmente importante", referem os autores do relatório, realçando que o risco de doença mental "aumenta com o crescente endividamento das pessoas".

Para provar este efeito o OPSS dá como exemplo a Grécia, no período entre 2007 e 2009, quando os suicídios aumentaram 17 por cento(%).

"Estima-se que tenham aumentado 25% em 2010 em relação a 2009, mais 40% na primeira metade do 2011, em relação a igual período do ano anterior. Supõe-se também que a principal causa para esta evolução tenha a ver com a dificuldade em suportar altos níveis de endividamento pessoal e familiar", explica.

Referindo-se a Portugal, o observatório cita os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) de 2010, segundo os quais os valores do suicídio (1.101) foram mais elevados do que os acidentes com transportes (1.015).

Citando o coordenador do primeiro estudo nacional sobre saúde mental (de 2010), o psiquiatra Caldas de Almeida, o OPSS recorda que a prevalência anual em Portugal das perturbações psiquiátricas era na altura de 22,9%, sendo que as perturbações de ansiedade e as perturbações depressivas representavam 16,5% e 7,9%, respetivamente.

O mesmo estudo indicava que Portugal era o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população e aproximava-se perigosamente do campeão mundial, os Estados Unidos.

O OPSS analisou igualmente o mercado de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos de ambulatório, comparticipados pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) entre 2002 e 2011, reportando um aumento de 15,3% no consumo de ansiolíticos.

No que respeita ao mercado de antidepressivos, considerando o mesmo período em análise, este apresenta sempre uma evolução positiva e crescente em consumos. O valor máximo foi registado em 2011, indica o observatório.

Para contrariar esta tendência, o OPSS aponta a necessidade de mais proteção social, de políticas ativas de emprego, de mais suporte familiar, de respostas ao endividamento e de políticas relativas ao alcoolismo, uma das dependências que cresce com a crise.

"Portugal apresenta o segundo valor mais elevado nas estatísticas da OCDE relativas ao consumo de bebidas alcoólicas na população com 15 e mais anos. A taxa de mortalidade associada a doenças relacionadas com o álcool não melhorou ao longo da última década", alerta.

No que diz respeito ao número de novas infeções por VIH em consumidores de drogas injetáveis, os valores relativos a Portugal e à Irlanda destacam-se comparativamente aos restantes países da Europa Ocidental, indica o relatório.

Os autores do relatório referem ainda que "existe evidência sobre a relação entre o sofrimento mental, sobretudo em situação de crise económica prolongada, e as suas repercussões físicas", influenciando o sistema cardiovascular e imunológico.

"Podem verificar-se acréscimos de risco de hipertensão arterial, enfarte do miocárdio e acidente cerebrovascular, diabetes e infeções. Este efeito é ainda mais demarcado nas classes sociais menos favorecidas", acrescentam.

O OPSS alerta, contudo, para a falta de um sistema de monitorização dos efeitos da crise na saúde em Portugal, o que faz com que não seja possível "acompanhar com dados objetivos os reais efeitos da crise na saúde dos portugueses".»

terça-feira, 12 de junho de 2012

DaVINCI LISBOA EXPOsul: Verão 2012

Este ano, o Verão é na Unidade Lisboa ExpoSul da DaVinci!!!

Fale connosco!

DaVinci Ginásios da Educação - Unidade Lisboa Expo Sul
Rua da Nau Catrineta, Lote 3.06.01.F
1990-183 Lisboa
T. 216 007 211
Email: lisboa-exposul@davinci.edu.pt
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Programa Verão 2012

segunda-feira, 11 de junho de 2012

DaVINCI LISBOA EXPO SUL: As nossas atividades!



As atividades do DaVinci Lisboa ExpoSul!

Venha ver o que mais temos para lhe oferecer!


DaVinci Ginásios da Educação - Unidade Lisboa Expo Sul
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ANIVERSÁRIOS: Lev Vygotsky, Psicólogo Russo

Lev Vygotsky (Orsha, 17 de Novembro de 1896 — Moscovo, 11 de Junho de 1934)

Desenvolveu estudos importantes no âmbito da Psicologia da Linguagem (destacando-se os livros Pensamento e Linguagem, Construção do Pensamento e da Linguagem), da Psicologia da Arte (Psicologia da Arte) e da Psicologia Infantil (Psicologia Pedagógica, Desenvolvimento Psicológico na Infância, Imaginação e Criação na Infância, Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem).




domingo, 10 de junho de 2012

10 de Junho, de 2012





Porque eu continuo a amar o meu País, apesar de ter vergonha que algumas pessoas também sejam portuguesas (nomeadamente a classe política, mas não só).

FELIZ DIA DE PORTUGAL!

Link para Os Lusíadas

sexta-feira, 8 de junho de 2012

ANIVERSÁRIOS: Abraham Maslow, Psicólogo Norte-Americano

No aniversário do seu falecimento...

Abraham Maslow (1 de Abril, 1908 – 8 Junho, 1970)

Desenvolveu a Teoria da Motivação, criando a Teoria das Necessidades.

De acordo com esta teoria, as necessidades humanas organizar-se-iam hierarquicamente:

Segundo Maslow, enquanto uma pessoa não tiver suprido as suas necessidades mais básicas (por exemplo, dormir, alimentar-se, manter-se seguro, atingir a homeostase, etc.), não pensará em suprir as suas necessidades de realização pessoal (conhecimento, religião, etc.).

Daí uma criança não se conseguir concentrar nos estudos quando tem fome.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Criar Laços...

«"E foi então que apareceu a raposa:


- Bom dia, disse a raposa.


- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.


- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...


- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...


- Sou uma raposa, disse a raposa.


- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...


- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.


- Ah! desculpa, disse o principezinho.


Após uma reflexão, acrescentou:


- Que quer dizer "cativar"?


- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."


- Criar laços?


- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...


- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...(...)


- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...


A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:


- Por favor... cativa-me! disse ela.


- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.


- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!


- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.


- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...


No dia seguinte o principezinho voltou.


- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.


Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:


- Ah! Eu vou chorar.


- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...


-Quis, disse a raposa.


- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.


- Vou, disse a raposa.


- Então, não sais lucrando nada!


- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.


Depois ela acrescentou:


- Vai rever as rosas. Compreenderás que a tua é a única no mundo. Voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.


Foi o principezinho rever as rosas:


- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela á agora única no mundo.


E voltou, então, à raposa:


- Adeus, disse ele...


- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.


- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.


- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.


- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.


- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...


- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar."»


Excerto de "O Principezinho" de Saint Exupery

Feliz Dia Mundial da Criança 2012


«As pessoas crescidas têm sempre necessidade de explicações... Nunca compreendem nada sozinhas e é fatigante para as crianças estarem sempre a dar explicações.»
Antoine de Saint-Exupéry