Pretende-se, com a criação desta página, divulgar a intervenção psicológica ao nível da Prevenção, da Terapêutica e da Comunidade, junto de crianças e adolescentes, adultos e seniores, nos contextos clínico, educacional, forense, organizacional e formativo.
PÚBLICO: «Metade dos alunos melhorou aproveitamento depois de a escola garantir pequeno-almoço»
Uma medida
óptima, no seguimento da medida introduzida pelo Ministro da Educação do
XI Governo Constitucional de Portugal, o Professor Roberto Carneiro (a
distribuição de pacotinhos de leite nas escolas). Porque, afinal, devido
à crise económico-financeira, muitas famílias perderam poder de compra e
viram-se atiradas para a pobreza e para a fome. E, com fome, ninguém
rendimento, muito menos uma criança.
«Programa
Escolar de Reforço Alimentar resulta de várias parcerias com entidades
públicas e empresas. E chegou a mais de dez mil alunos. Já foram
assinados mais protocolos.
Reforço alimentar permitiu melhorar comportamento e resultados dos alunos (fotografia por João Henrique)
Muitas das crianças sinalizadas como precisando que a
escola lhes garantisse o pequeno-almoço melhoraram o seu desempenho a
partir do momento em que a primeira refeição do dia passou a estar
assegurada. De acordo com os dados apresentados nesta quinta-feira, 50%
dos 10.186 alunos abrangidos pelo Programa Escolar de Reforço Alimentar
(PERA) viram o seu aproveitamento melhorar.
Em
37% dos casos não houve alteração em termos de aproveitamento escolar.
Em 13% das situações o desempenho não melhorou, ainda segundo o balanço
feito no Ministério da Educação e Ciência, em Lisboa.
O
impacto no comportamento dos alunos abrangidos pelo reforço alimentar
também foi medido: 42% revelaram melhorias; em 49% dos casos não houve
alteração.
Ainda assim, as taxas de aproveitamento escolar entre
os alunos abrangidos pelo PERA são mais baixas do que a média — 21%
chumbaram. O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, diz que isto
mostra como as "dificuldades sociais" têm impacto no aproveitamento.
"Mas temos que lutar contra isso", disse, e o PERA ajuda a "trabalhar
nesse sentido". Os últimos dados disponíveis no site do
ministério mostram que em 2009/2010 a média nacional de retenção e
desistência variou entre 7,6%, no ensino básico, e 18,9%, no secundário.
O
projecto PERA foi criado em Setembro, na dependência directa do
secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, João Casanova
de Almeida, para responder à "excepcionalidade do momento" que, nas
suas palavras, o país atravessava. Havia mais crianças que estavam a ir
para as aulas sem tomar o pequeno-almoço, relatavam as escolas.
Com
uma duração prevista de dois anos lectivos, o objectivo essencial do
PERA é "conciliar a educação alimentar com a necessidade de suprir
carências alimentares detectadas em alunos" de escolas públicas.
Quase 400 escolas abrangidas Neste
que foi o primeiro ano de aplicação, o PERA chegou a 387 agrupamentos e
escolas não agrupadas de todo o país. E abrange actualmente mais de 10
mil crianças e jovens de diferentes níveis de ensino não superior. Mas
"muitos outros já passaram pelo PERA, tendo entretanto as suas famílias
sido sinalizadas para o Instituto da Segurança Social, que as
referenciaram para que pudessem receber apoio de instituições de
solidariedade social e/ou os apoios sociais aos quais têm direito e para
que o pequeno-almoço passasse a ser tomado em casa", segundo o
comunicado do ministério.
"O Ministério da Solidariedade e
Segurança Social apoiou o programa também através da utilização das
cantinas sociais pelos alunos durante os períodos de interrupção da
actividade lectiva."
Na base do PERA estão parcerias várias entre o
Ministério da Educação e empresas de comercialização e produção de
géneros alimentares, bancos alimentares contra a fome e instituições
particulares de solidariedade social. O PERA não tem custos para o
ministério.
Um outro protocolo assinado com a Associação Nacional
de Municípios Portugueses permitiu garantir o transporte dos produtos
para as escolas. E estas últimas, por sua vez, fizeram parcerias com as
redes locais de acção social.
No final da apresentação do balanço,
foram assinados protocolos com dez empresas do ramo alimentar (Jumbo,
Sumol+Compal, Danone, Jerónimo Martins, Lactogal, Nestlé, Sonae, Dia,
Lidl e E.Leclerc), uma empresa de transportes (Luis Simões, SA),
empresas de outros ramos que quiseram apoiar o projecto através do
pagamento de pequenos-almoços servidos nas escolas (Grupo Portucel
Soporcel, Colomer Portugal e BP) e o Lions Club.
Nuno Crato
agradeceu a colaboração dos que têm apoiado com alimentos e vão
continuar, sobretudo numa altura "em que muitas empresas portuguesas não
estão a viver os seus dias mais felizes".»
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